Ao chegar na casa de um dos meus alunos, e o dono logo me conta que ela, uma boxer se soltou da corrente em que estava presa e fez uma tremenda bagunça lá em seu jardim, primeira coisa, nunca falei sobre meu sentimento de raiva e revolta ao ver um cão preso em uma corrente, amarrado a uma árvore, ou algo que o valha, porém neste caso, eu devido as circunstâncias, eu compreendo. Este cão, é um dos meus alunos com mais energia, além do excesso de estímulos positivos que o dono proporciona a ela. Dentre as não mudanças de comportamento que observo nos cães, na presença do seu dono, quando o mesmo participa da aula, são claras quando o mesmo não estabelece as regras ou tenta seguir as sugestões que passo a eles no início do treinamento, entendam por favor que em nenhum momento, como sempre falo a vocês, quero impedir seu dono de brincar e trocar carinhos com seu cão, pois este é o principal papel de ter um cão em casa, porém quanto mais brincadeiras e regras a serem estabelecidas, e o ideal é que o cão seja convidado pra brincadeira, com uma palavra, um gesto, não esteja sempre te chamando pra brincar, com pulos em seu dono, mordiscadas não mão e pés, o que observo nesse caso, a cadela está sempre disposta a brincar com seu dono, de pique, corre o quintal todo sem que ele consiga se quer aproximar dela, o que dificulta, e muito, a possibilidade de prendê-la novamente no canile naturalmente causa irritação no dono.
Existem cães que o dono deve ter um pouco mais de atitude e firmeza para conter o ímpeto exagerado do cão de se colocar em um lugar de liderança, e isto não deve ser contido nunca quando o mesmo esteja com raiva do cão, pois cria nele esse tipo de atitude, desobediência e afastamento quando o dono precisa prende-lô.
Após inspecionar e avaliar quais fora as coisas que ela destruiu, em sua grande maioria, foram vasos plásticos pequenos destruídos e vasilhas plásticas. Meu primeiro questionamento, quanto tempo ela ficou solta, segundo elas durante toda a noite, então diante das “coisas destruídas” a proporção foi até pequena pela energia que ela teme segundo relatos dos mesmos, em outras ocasiões, os estragos foram bem maiores.
Uma das minhas primeiras recomendações foi que ele mudasse o hábito de brincar com ela com garrafas pet, e substituísse pelo osso, que sempre recomendo, da canela do boi, sem pontas, grande e que dura em media, quando o cão de porte como o dela, e gosta do desafio de roê-lo, mais ou menos uns 3 meses para que praticamente acabe, junstamente para evitar que o cão se ache no direito de destruir tudo que é plastíco, dentro de casa ou até mesmo no quintal.
Então me dediquei, nas próximas aulas, após preparar o espaço, com armadilhas direcionadas pra que ela não cometa mos mesmo erros, então nada aconteceu. O que crio com isso é uma mudança de situação em relação a decisão dela de mexer antes ela destruia e nada acontecia, agora, com o ambiente preparado mesmo em que ela tente cometer os erros ao soltá-la tomará as próprias decisões, de mexer ou não nas coisas com as armadilhas cuidadosamente colocadas, que terão o papel de reforçar o estimo negativo quando o cão vai entrar onde não deve, ou morder onde não pode criando uma barreira mental, dizendo a ele que não deve se aproximar dali, e acreditem em mim, ele não vai querer correr esse risco.