segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A história do dono que enlouqueceu seu cão...

Nem todas as histórias são alegres, tem finais felizes, mas devem ser contadas assim mesmo.
Certa vez fui convidado para participar da educação de um vaymaraner, 11 meses, dentre as dificuldades que sua dona me relatou, achei um preocupante. Segundo ela, ele não se aproximava de ninguém, segundo a própria dona "selvagem em seu quintal". Expliquei sobre o processo de sociabilização, que se tratava de um treinamento um pouco mais complexo que todos os outros, já que é bastante incomum, esse tipo de comportamento em um cão. Após um período curto de treinamento, insuficiente para me aproximar do cão, seus donos acharam que ele não estava evoluíndo, da maneira que eles imaginavam e suspenderam o treinamento.
Nesse tipo de situação, os argumentos do treinador não são suficientes para não interrompê-lo. O importante é dever do treinador é que deve ter informado os donos das dificuldades do cão, durante esse processo inicial.
Enfim, treinamento suspenso. Treinador que é treinador, jamais esquece de um aluno que não obteve o sucesso esperado, e lembrará para sempre do mesmo.
Porém o tempo passa, e um belo dia, esse mesmo treinador, ao treinar outro cão em um bairro próximo, vê um casal realizando uma caminhada, e por todas as casas que passam, que tem cães, ouço um apito estranho, que deixa os cães com um comportamento não habitual. Meu aluno, mesmo que a distância, fica desequilibrado, orelhas e postura insegura, querendo seguir na direção contrária.
Então quando observo com mais atenção, trata-se do casal, donos desse aluno que citei acima. Ou seja, imagino que ele enlouqueceu seu proprio cão, para testar o tal apito, causando nele um trauma de grandes proporções, de difícil conversão. Como que um passe de mágica, queria que um treinador convertesse o enorme trauma, em um tempo curtíssimo.
Então, serve de lição, cuidado com os traumas que você cria para seu próprio cão. Rodrigo Werkema.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Aprendendo a não pegar coisas no chão

Continuando a série de treinamento, hoje o tema é: Não pegar coisas de comer no chão.
Os cães, por estarem muito perto chão, e terem seu faro como seu guia, e não manterem as relações de higiene e limpeza, como nós, não se incomodam, nem um pouco, ao achar algo no chão, coloca-lo na boca, coisas que jamais veríamos, muito menos tocariamos, e por motivo nenhum, colocariamos na boca.
Nos perguntamos, por que tão facilmente eles colocam na boca?
Primeiro, que eles tem facilidade para achar, devido ao sistema alfativo muito evoluído, não temos dúvida.
Segundo, que eles tem uma divisão bem simples, é orgânico, serve, para comer, mais antes vou lamber para ver se posso comer agora mesmo. Terceiro, eles tem um órgão, é como se fosse o tato, já que não usam como nós usamos, esse órgão que não temos, em sua língua, para experimentar ie descobrir isso.
Em algumas casas, o problema é a possibilidade de ser envenenado, outras, que pegam tudo que cai pelo chão da casa, próximo a mesa ou na cozinha, outros durante a caminhada. Dentro de casa, farelos, restos de comida, em um primeiro momento pode não causar um problema, mas se nesses farelos estiver algo que não possa digerido pelo cão, o risco a saúde dele aumenta bastante.
Quanto ao passeio, é bem desagradável ter que retirar algo que você não sabe bem o que é, da boca dele. O envenenamento despensa comentários.
O treinamento deve ser realizado da seguinte forma.
Primeiro passo: Escolha um petisco que seu cão goste muito.
Segundo passo: Jogue e fique dando um passo sobre ele, ele tentará pegar, a qualquer custo, seu objetivo é defende-lo, você deve se movimentar, passo para frente, passo para trás, até que ele desista.
Terceiro passo: Vá aumentando cada vez, de um em um, o número de pestiscos, até que ele não tenha o reflexo de tentar pegar no chão.
Quarto passo: Você jogar o petisco, próximo a você, e exigir que ele não pegue, somente com a ordem de proibição.
Quinto passo: Jogue perto de você, sem ordem o observe, um olhar pode ser usado, sem movimento, nem ordem nesse passo.
Sexto passo: Jogue bem perto do seu cão, sem ordem ele não deve pegar, caso ocorra, repita usando a ordem até que você não precise usar a ordem, mesmo com o petisco esbarrando nele, ele não deve pegar.
Sétimo passo: Deixe esse petisco o máximo de tempo possível, sob sua supervisão indireta, ou seja sempre que ele passar por perto, observe, caso ele tente pegar, use a ordem de proibição.
Após esse período, sempre que estiver realizando alguma refeição, separa uma parte bem pequena, e deixe cair perto dele, caso ele tente pegar, o corrija com a ordem, quanto maior variedade de alimento jogados ao chão e proibidos da ingestão dele, melhor será a percepção dele quanto a limitação e restrição total, quanto a pegar alimentos no chão.
Não existe um tempo específico de aprendizado para esse treinamento. Ele variará por vários motivos, tendo em vista o tamanho do animal, quantidade de repetições e liberdade de trânsito ou não para dentro da casa. Rodrigo Werkema

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Passeio na trilha e primeiro treino para o recorde

Bom dia Srs(as) este domingo, dia 24/02, será o nosso passeio, com os cães, na Trilha de Cascatinha, também o primeiro treinamento para o recorde mundial, aguardo todos lá

Orientações:

Ponto de encontro, em frente a Lanchonete do posto Chefão, saída para o
Rio de Janeiro, as 7:45, tolerância de 15 min.
Eu, Luther e a Cinegrafista Alessandra e Anna Luiza, aguardamos vcs lá.
Nosso Passeio sera até as 11:30, aguardo confirmação até dia 23/02.
Caso chova na noite de sábado, ou amanheça chovendo domingo, desmarcamos.

Dicas para a trilha.

1- Durma bem na noite anterior.
2- Atenção ao horário das 7:45, 15 min de tolerância
3- Tome café da manha, protetor solar e boné, roupa e tênis adequado para caminhada, se quiser, venha com traje de banho.
5- Alimente o cão 30 min antes da saída. Teremos água em abundância para eles lá.
Aguardo todos lá, e também convidados dos meus convidados.

PS: Cães de médio ou grande porte, que eu não participei da educação que forem ao passeio, eu farei uma avaliação, caso ele fique agitado, fará o passeio todo na guia.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Série lições: Saltos e pulos nos donos....

Já imaginou se todos os dias que encontrasse com seus pais, seus amigos, se jogasse no colo deles e deixasse-os te carregar, não importando seu peso, tamanho, ou velocidade que este salto ocorresse?
Para completar, esse salto ocorresse na grande maioria das vezes, sem que os alvos estivessem esperando.
Tenho certeza que, enquanto éramos pequenos, era divertido tanto para nós, quanto para nossos filhos e sobrinhos, saltar em nós. Depois explicamos a eles que já não suportamos tal comportamento. Até eles mesmos, já não tem tanto conforto, nessa atitude, de uma determinada idade em diante.
Seu cão não terá essa percepção.
Quando ele chega na sua casa, pequenino, já deve ser treinado para não pular em você, ou seja, não pular ou apoiar em você, nas suas visitas, ou qualquer superfície que não seja o chão, o que você não o tenha convidado para apoiar, com qualquer uma das patas, principalmente as dianteiras.
Pois, se permitir, ou incentivar, este comportamento, a situação pode fica preta, digo, cheio de patas por toda a roupa, risco de quedas e furtos de comidas na bancada da cozinha e mesa de jantar, pense se é realmente o que você deseja...
O treinamento para reeducação será mais difícil para ele e para você.
O treinamento para não apoiar e simples, não incentive ou estimule ele apoiar ou pular em você, ele não aprenderá sozinho. Abaixe-se para brincar para ele.
Para reeducá-lo e a interromper os saltos. Tem uma regra que falo com meus alunos que é a seguinte. Quem esta longe, não consegue pular. Esqueça que tem seus joelhos e ande em direção a ele, invertendo a perseguição. Será necessário algumas esbarradas para que ele aprenda a respeitar seu espaço, evitando os saltos. Com algumas repetições, e algum esforço da sua parte, ele aprenderá a permanecer a uma distância de você, para não apoiar em você, quando não for a hora dele ganhar atenção. Em seguida, ficando quieto, evitando saltos e acidentes, principalmente se ele for um cão de grande porte. Rodrigo Werkema.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Chegando com o filhote direito em casa

Antes de qualquer técnica de treinamento direta para seu cão, existe alguns destaques que vale a pena ser deixado claro. Organizar o espaço.
Quando você vai receber um filhote em sua casa, você deve:
Primeiro. Perguntar para a dono dos filhotes, qual a ração que ele está usando com seu filhote, e já providenciar um pacote.
Segundo: leve um lençol para esfregar na mãe, e nos outros filhotes, para que quando ele estiver sozinho na sua casa, não fique tão assustado.
Terceiro: vasilhas de água e de comida de tamanho e material adequado.
Quarto: ele deve ir direto ao veterinário, antes de chegar na sua casa. Para que ele o examine, pegue seu peso e organize o cartão de vacina. Ele te dará demais explicações e cuidados retirando suas dúvidas nessa primeira fase da vida de seu filhote.
Quando chegar em casa, ele deverá permanecer, restrito em um espaço, que falarei amanhã, passo a passo para o treinamento dos dejetos. Rodrigo Werkema.

B-dejetos-07/02- Se é para começar, temos que começar de algum lugar....
A técnica mais importante a ser usada na educação do seu cão, desde o dia em que chegou na sua casa. É a organização dos dejetos. Ou seja, fazer o xixi e cocô no lugar que você considera certo.
Por que se você não ensinar para ele, todos os lugares serão certos.
Não existe um material, ou espaço ou produto que atraía magneticamente seu cão, nem forma mágica, para ele usar esse ou aquele lugar que você escolheu. Existe sim técnica, repetição, paciência e persistência.
Para aquele cão que vai ficar dentro de casa, essa é a regra e o caminho a ser percorrido. Área externa falo amanhã, mas o início é o mesmo para os dois casos.
Antes do seu filhote chegar na sua casa, você deve escolher o espaço para ele permanecer os primeiros quinze dias da vida dele em sua casa. Deve ser protegido contra chuva, calor, frio e sol forte. Não pode ser muito grande, nem lugar de trânsito das pessoas da casa. Também não deve ter muitas coisas que ele possa comer, pegar ou roer. Ele não deve sair, nesse primeiro momento, desse lugar.
Vasilha de comida e água mais próximo possível da porta a qual você tem o primeiro contato com ele.
Espaço todo recoberto com jornal, de uma ponta a outra. Problemas podem ocorrer, ex: se seu filhote picar o jornal, você terá de pregá-lo com uma fita adesiva.
Toda vez que ele realizar os dejetos, será necessário recolher, limpar o lugar, e voltar com o jornal.
Assim ele permanecerá nessa rotina.
Apartir do décimo sexto dia, você observará que ele já definiu um lugar, e provavelmente é o lugar mais longe onde ele está dormindo.
Seu novo trabalho é retirar o jornal, um a cada dia, de onde ele dorme, em direção onde ele está usando para realizar os dejetos.
Após 5 ou 6 dias, restará somente os suficientes para ele usar para se aliviar.
Próximo passo, com o controle da alimentação, amanhã falo, vai deixa-lo transitar por cômodos comuns, sempre por um tempo limitado, sob supervisão, após ter realizados os dejetos no lugar certo.
Este processo vai durar 30 dias, até que ele tenha a liberdade por um tempo maior. A mudança desse treinamento, trata-se de outro treinamento, será mais para frente que conversaremos. Rodrigo Werkema.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Começando antes do seu cão começar...

A pergunta que mais ouço das pessoas que tem cães filhotes é: Quando devemos iniciar o treinamento? Minha opinião é que deveriam perguntar: Qual o treinamento devo iniciar primeiro para educação do meu cão?
Pois desde o dia em que seu cão chega na sua casa, filhote ou não, deve ser iniciado o processo de treinamento.
Existem vários tipos de treinamentos que devem se implementados na rotina do seu cão, com um objetivo simples: transformá-lo em um adulto feliz, obediente, e conhecedor do seus limites e regras da casa, e estabelecidas por todos.
Existe treinamento para os dejetos, para a hora de servir a comida, para os saltos nos donos, para fulgas por portas ou portões, para não pegar coisas no chão, não subir em sofás, respeitar comodos da casa proibidos de acesso dele, não roubar comidas na mesa e coisas no lixo, escova- los, medica-los, enfim, todos treinamentos relacionados a comportamento sem guia.
Existem aqueles comportamentos relacionados durante o passeio, no contato com estranhos, aceitá-los ou não como amigos.
Existem também os treinamentos recreativos, brincadeiras, tais: buscar bolas, procurar coisas, corridas, natação, bicicleta, pular e vencer obstáculos.
Provavelmente vão aparecerem muitas técnicas para treinamento de obediência e regras para tornar seu cão obediente, treinado, submisso e feliz
Um está diretamente relacionado ao outro, uns de maneira direta, outro de forma indireta. Rodrigo Werkema.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O cão que" morder" seu dono enquanto "comia"

Os cães tem uma percepção das situações diferentes das nossas, ou seja, o que e óbvio para nós, pode confundi-los.
Eu recebo uma ligação, um cliente antigo, dono de um cão de guarda, dos bons. Aflito e chateado, me fala que pagou treinamento, dava as melhores rações e cuidados, relatando que havia sido mordido por ele. Me assustei, pois se tratava de um cão muito tranquilo, obediente que teve as regras e sugestões, todas seguidas por seu dono.
Desmarquei meus compromissos e fui imediatamente para a casa dele.
Ao chegar em sua casa, fui logo ver o cão, com toda a seguranca, fiz todos os testes para ter certeza que não se tratava de algum problema comportamental e nada, nenhum sinal de agressividade.
Pedia a ele que me contasse a história com detalhes, até então só sabia que ele havia sido mordido quando foi colocar comida para ele. Então veio a surpresa. Disse me que foi colar comida para ele, após chegar de um festa, em um horário diferente, após ter ingerido bebida alcoólica, fazendo um carinho próximo da garganta do seu cão. Então ele mesmo entendeu a gravidade de seu erro.
Fica a lição, sempre cuidado, como, quando, e em que situação, vai tocar em seu cão. Rodrigo Werkema.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O cão perfeito, quem gostaria de um?

Quem quer ter um cão que acerta o lugar de realizar os dejetos(xixi e cocô) desde o primeiro dia que chegou em casa?
Que gostaria de ter um cão, que não precisa de guia para passear ?
Que acharia o máximo ter um cão que já sabe nadar, buscar coisas na geladeira, ou até seu próprio brinquedo?
Será que existe algum cão assim? Será que seria possível transformar seu cão, um provável bagunceiro, um pouco mais agitado que o normal, sem entender os limites que você tentou estabelecer para ele, um pouco desobediente, nesse cão? Será que ele deixara de ser feliz? Por se transformar neste outro cão?
Bem, perfeito não, por que não inventaram um cão robô ainda, mas um bem obediente e feliz, bem traumas e ansiedade, isso tudo é possível, depende muito mais de você, das suas regras, da sua atitude, do que dele mesmo.
Pois todas as atitudes dele são reflexos das suas, ou da omissão das que deveria ter, no momento certo e adequado, com a energia certa.
Para dizer para ele, com coerência, o que você quer, como quer, e do jeito que quer. Depende de você, toda a maravilha da obediência e do comportamento equilibrado do seu cão.
Atitude certa e paciência para isso. Rodrigo Werkema.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sociabilização canina

Você já ouviu falar dessa palavra " sociabilização"? Existe também uma palavra parecida " socialização" , essa significa desenvolver o sentimento coletivo da solidariedade social e do espírito de cooperação de indivíduos associados, ou seja um processo mais intenso de indivíduos em grupo.
A primeira provém do verbo sociabilizar, que significa tornar sociável, que serve como termo para a educação dos cães, com nossa participação.
Sociabilização é o processo de tornar um indivíduo próprio para viver em sociedade. Segundo dicionario da lingua portuguesa, 8 edição, Porto Editora.
Então trabalharemos com a primeira, pois o segundo, quem tem mais de um cão, sabe que eles estão bem organizados, aprontando todas em sua casa, ou jardim, em uma parceria genial.
Dividirei as dicas em três temas, a sociabilização com outros cães, prinicipalmente na rua, como parques e praças, sociabilização com crianças, adultos e idosos, e por fim, a sociabilização com barulhos, veículos, grandes e pequenos. Nenhuma dos processos é complicado, basta ter persistência e firmeza.
Dica: Desde o dia em que seu filhote e adotado chegou na sua casa, procure informações para que ele se torne um cão tranquilo, saudável e consciente dos seus limites.
O processo de sociabilização será mais harmonioso.
E quando você passeia com seu cão tranquilamente, de repente, dobra uma esquina, tem alguém, tentando fazer o mesmo, mas quando o cão dela, não importa tamanho, raça, tipo de guia, ao ver o seu, inicia-se uma sequência de latidos, rosnados, puxões no seu dono, dando uma tração contrária a que o seu dono gostaria, parecido com um animal selvagem a procura da sua caça, a qual seu cão é a caça, o dela o predador.
Quem tem cão em casa treinado, vai me entender e concordar em partes, quem não, nem percebe diferença. Esse é um exemplo de um cão que não participou de um ideal processo de sociabilização.
Tanto o cão que quer brincar o tempo inteiro com outro, quanto este outro que quer caçar, não estão bem sociabilizados, claro que o o primeiro, não te proporcionará, maiores problemas, mas o segundo, qualquer descuido, vai.
Dica: Após o período de vacinação, o cão deve começar a ter contato com outros cães, de preferência do seu mesmo peso e tamanho, não necessariamente da mesma idade e raça.
Quando for a praças que tenham outros cães, ande com ele com a guia, deixe ele ver os cães e não permita que ele mude a direção, te puxe até os outros cães ou pare para ficar olhando eles.
Aproxime em um primeiro momento, com seu cão preso a guia desses outros.
Seu cão terá um desses comportamentos, ou ficará assustado, e vai querer ir para o lado oposto aos outros cães, ou ficará super feliz, querendo chegar na turma, o quanto antes.
Após ele ficar tranquilo, aproxime dos outros, sempre com a guia. Nos primeiros contatos, sempre com ela. Para que ele comece a ficar solto, ele precisa aprender a ordem chamada "Aqui" ou seja, quando você o chama, ele vêm imediatamente, evitando incidentes. Amanhã falo sobre a sociabilização com crianças, jovens adultos e idosos.
Para falar desse tema, vou começar com uma história de quem voz fala... Quem já sentiu a dor da mordida de um cão, quando foi carinhosamente fazer um carinho, vai me entender... Eu sempre gostei de cães, quando era mais novo, uns 11 anos, convenci meus pais que já podia ir na padaria, a 3 quarteirões da minha casa, sozinho.
No meio do caminho, tinha um cão grande, bonito, tinha muita vontade de passar a mão nele. Descobri que se tratava de um pastor alemão que tomava conta de uma propriedade perto da minha casa, quando coloquei o dedo pelo vão da grade para fazer carinho nele e pronto, a mordida.
Escondi dos meus pais porque eles já haviam me falado, "não vá colocando a mão em qualquer cachorro que você não conheça, você vai ser mordido".
Essa foi a forma que aprendi, que deveria ter cuidado ao fazer carinho e pegar em cães que eu não conhecia, infelizmente do pior jeito.
Mas acredito que existe outras formas de aprender a se aproximar de um cão, sem incidentes.
Mas para isso o cão também tem que aprender a lidar com a aproximação e contato de terceiros, processo chamado socialização com terceiros.
Penso que as crianças com os cães, são a união mais bem adaptadas que conheço, como se entendem bem, uma sintonia de energia muito bacana.
Crianças que convivem com cães, costumam não ter medo e se aproximam de cães de terceiros, do mesmo jeito que se aproximam dos seus, isso pode ser perigoso. Crianças que não convivem com cães, costumam ter receio de aproximar de cães na rua.
Não vai adiantar você, pai, mãe ou tia tio, tentar que esta criança, se aproxime de qualquer cão, forçando o contato. Já presencie várias vezes, a criança vê o cão de longe, vem saltitante, quando o cão é maior que ela, a mais ou menos 1 metro de distância, a criança não chega mais perto para o contato direito de maneira nenhuma, o adulto insistindo, quase que obrigando a criança, isso não se faz.
Não importa muito a atitude da criança, seu cão deve aprender que, não pode exagerar na atenção a essa criança, e nem ter uma reação agressividade, a aproximação do mesmo.
Seu cão tem condições de conviver com crianças, adultos e idosos, sem incidentes.
Orientado por você, tem condições plenas de entender isso, principalmente as crianças, pois elas tem mais chances de aproximar de seu cão, mais rápido e com menor percepção sua, com maior risco de acidente, do que um adulto ou idoso.
Dica: Para que esse acidente não ocorra, aquelas regras, que já repeti várias vezes, estão todas abaixo, devem estar sendo praticadas regularmente.
Quando for sair com seu cão, nos primeiros passeios, leve petiscos com você, quando uma criança aproximar, entregue o petisco a ela e dê a ordem para seu cão sentar e aguardar. Você já deve ter praticado a ordem do senta com ele. Oriente a criança, se possível, que se aproxime com a mão fechada, de baixo para cima em direção ao focinho do seu cão, sem toca-lo, deixando o cão cheirar, ele terá a postura, que você, dono verá, de receptividade, ou lamberá a mão, ou balançará a calda, então autorize a criança a dar o petisco para seu cão.
Se você for para ambientes que convivem também com outros adultos e idosos, repita o procedimento. Só permita que ele receba carinhos de terceiros, após estiver na ordem sentado.
Enfim o último tema sobre esse assunto .Todo mundo se assusta com um barulho inesperado, próximo, de um volume maior o qual está acostumado.
A audição do cão gira em torno de algo seis vezes maior que a nossa, alguns dizem até dez vezes. Por isso, qualquer barulho é muito mais intenso para eles, do que para nós.
A falta de recursos para interpretar de onde, como e quando acaba esse barulho, é menor que a nossa, adultos, em um primeiro momento da vida dele.
O cão passa por uma fase, que está entre o trigésimo dia, até o septuagésimo dia de vida, que qualquer trauma que lhe ocorrer, tais: transporte em meio inadequado. estrondo muito próximo e intenso, queda ou ataque de outro cão, pode levá-lo, a ter por toda a sua vida, se não passar pelo devido processo de treinamento e sociabilização, traumas, tais: ser transportado em veículo, barulhos, tipo, raios, não se movimentar bem em escadas ou rampas, não se aproximar de outro cão com confiança. Somente um deles não pode ser evitados por nós, por mais cuidado e atenção que tenhamos nesse período, são os barulhos.
Eles são um estimulo difícil de proteger seu cão. Pois eles podem ocorrer a qualquer hora, momento e em intensidade variadas.
Nosso papel é criar um mecanismo que vá antecipar essas situações, em intensidade e grau, menor possível, pois, quando ocorrem em intensidade sem nosso controle, o seu cão não o desconheça completamente.
Qual o pior som para o seu cão? Você deve estar se perguntando. O raios e fogos de artifício, ou carros e caminhões muito barulhentos, tudo que nós assusta, assusta a eles também, em maior grau.
Dica. Devemos usar os recursos tecnológicos em função do bem estar dos cães também, treinando à sociabilização dos sons, nesse caso.
Pesquise sons de alguma queima de fogos, grave e coloque em um som, próximo a seu cão, no menor volume possível, durante 10 ou 15 min por dia, três a quatro vezes na semana. Deixe ele observar e não estimule de maneira nenhuma, ex. Pegando no colo ou dando petiscos.
Na medida que for se adaptando, vá aumentando, gradativamente, até que ele tenha uma atitude indiferente, ao maior volume possível, suportado por você também.
Esse processo não tem um tempo especifico, vai da adaptação de cão para cão. Rodrigo Werkema.