Você superou com méritos o processo de educação do seu primeiro filhote, desfrutando da conquista da organização, atividades, passeios, interação com outros cães e pessoas, tudo sob seu controle.
Seu cão te olha com aquele ar de alegria, e entende também seu olhar de reprovação, quando o mesmo vai fazer algo que não deveria.
Então você pensa, por que não uma companhia para ele ?
Você vai na internet, pesquisa, conversa com outros donos que tem mais de um cão em casa, todos aprovam sua idéia, mas quando vai lendo este texto, imagina, o treinador vai falar alguma coisa para me desanimar, ou me fazer desistir, ou enumerar uma série de difiuldades e pensa... que cara estraga prazer.
Não é muito por esse lado, nem muito para o lado, por exemplo, que vai colocar um filhote junto ao seu cão de dez anos, e vai dar tudo certo, ou vai comprar/adotar um cão do tamanho de um dog alemão( leia gigante), para conviver com seu pequinês( leis miniatura).
Se pudesse me perguntar, a resposta seria sim, eu sou a favor de dois ou mais cães na mesma casa, desde que exista espaço para eles adequado. Dentre os motivos vários motivos, estão, um cão se entende muito melhor com outro cão, do que com você, eles poderão compartilhar brincadeiras e queimar energia juntos, assim como diminuir uma parte da ansiedade do afastamento dos donos, ou seja, nada de atitudes exageradas quanto te vê, como por exemplo, uma breve ida sua padaria, fosse uma viagem de anos.
Porém esse pode ser uma dupla de momentos divertidos, ou uma quadrilha, leia (quando dois ou mais se associam para cometer delitos).
Vou descrever brevemente minha opinião sobre esse processo, tais, a importância da educação do primeiro, para melhor adaptação, a perda de parte da liberdade do primeiro, em função das regras iniciais da chegada do novo cão.
E enfim, a educação conjunta, e as prováveis dificuldades da interação deles, assim como a implementação de novas regras da convivência em conjunto
Primeiro gostaria de dizer, se tratando de seres vivos, tudo pode dar certo, ou tudo pode dar errado, dependerá de alguns fatores que você pode contribuir e controlar positiva ou negativamente. Seu cão só irá refletir o que você permite ou facilita que ele faça.
Com relação a tamanho, peso, energia e pelagem, você deve pensar em escolher o novo amigo, com estas características proporcionais ao seu amigo atual, não que uma grande diferença, o relacionamento entre eles dará errado, só que precisará de mais tempo sob supervisão.
Com relação a parte comportamental, com a chegada do novo, o que já esta em sua casa lá, pode ter uma aceitação não adequada, ou seja, querer uma briga, ou parar de comer, ou não deixar que você chegue perto, ou não acontecer nada disso e como em um toque mágico, parecer que já se conhecer a séculos. Mas em todos os casos, melhor seria, pois sei que na prática, é diferente, você realizar esse primeiro encontro na rua, ou território neutro.
O filhote, ou mais novo, vai "pentelhar" o mais velho mesmo, cabe a você, manter a harmonia do relacionamento, supervisionando com os devidos estímulos as situações inadequadas. Isso significa que eles devem passar períodos juntos, somente enquanto você estiver por perto.
Com relação a alimentação, primeiro que esta será diferente, pois adultos comem ração de adulto e filhotes de filhotes, mas a regra é: Cada um deve ter a sua própria vasilha de comida e pronto, ou você gosta quando comem no seu prato enquanto você come? Vasilha de água, cama, podem compartilhar, não vejo problema, caso ocorra algum atrito, mesma regra da comida.
A questão ser macho ou fêmea, bem esta vai te fazer queimar alguns neurônios. Dica: machos a adaptação pode ser lenta, fêmeas, pode se desentender quando você estiver por perto.
Um macho e uma femea, pode ocorrer o cruzamento, se a fêmea for a recém chegada, deve-se aguardar o terceiro cio para que ela possa realizar o processo e tomar conta dos filhotes adequadamente. Se for o contrário, e quiser cruzar, ok, sejam bem vindos duas ninhadas por ano, mas você não quiser o cruzamento, será necessário separá-los nesse periodo, 2 vezes ao ano, durante 15 a 20 dias.
A castração de um deles resolveria o problema. Qual deles? Na minha opinião o macho. Pelo fato de você sempre ter a facilidade de conseguir um macho para o cruzamento e você pode ter a delicia e o trabalho de ter filhotes correndo por toda a casa.
A questão mais difícil, o antigo aprender a dividir a atenção que era exclusiva dele, com o novo, que pode acarretar desentendimentos, leia briga. O novo herdeiro, vai querer passar sempre na frente do velho para os carinhos, que pode irritar o antigo, mais desentendimento, leia, briga.
A briga pode interromper um laço de amizade para sempre, que, acredite em mim, vai te causar sérios problemas. Devemos evitar isso a qualquer custo, com os estímulos necessários, e as restrições até que a adoração ocorra de maneira completa, o que pode ocorrer em uma semana, ou pouco mais de dois meses.
Parabéns pela escolha, sua casa será muito mais divertida e boa sorte na escolha do novo membro da família. Rodrigo Werkema.