sábado, 29 de janeiro de 2011

Os cães monstros

Esse é um assunto muito delicado, o qual já faz um tempo que tenho pensado em colocá-lo em discussão, e desta vez criei coragem, talvez alguns de vocês não gostem muito, mas trata-se de uma realidade que tenho observado com cada vez mais freqüência em meu dia-a-dia, e pelas ruas de Belo Horizonte a fora. Tratando-se de um assunto delicado, tentarei abordá-lo de maneira bem direta.
Quem nunca foi com a melhor das intenções, com o coração cheio de alegria ao ver um poodle, um Maltês, Shit-zo, Cocker, ou outra raça de pequeno porte, de aparência de um bichinho de pelúcia, muito bem tratado, de banho tomado, e provavelmente de gravata, laço ou bandana, e quase foi mordido, ou recebeu um rosnado bem na hora que foi tocá-lo? Demonstrando uma atitude nada condizente com a fofura que ele demonstra ter...
Pois bem, além de outros comportamentos inadequados que sempre observo durante minhas aulas, essa é uma cena que tenho observado no meu dia-a-dia, com falei anteriormente, nesses últimos meses com muito mais freqüência que observava antes. Duas perguntas dever vir à mente de vocês, porque eles são assim e se os donos consideram esse tipo comportamento, normal.
O fato mais importante é que os donos têm contribuído para esse tipo de comportamento nada adequado de maneira direta e que só vai aumentando suas proporções até que aconteça o acidente, ou seja, a agressão ou mordida. Este acidente só não se trata de um risco para a vida de qualquer um, pois se trata de uma boca e dentes bem pequenos.
Para evitar isso, vale sempre aquela velha dica “o cão deve entender quem manda em quem, diante do seu dono” com atitudes, iniciando por atitudes que se iniciam pela alimentação, quanto as restrições de espaço, desde os primeiros dias em que o filhote chegou a sua casa, até as brincadeiras que você permite que ele faça com você.
Podem parecer coisas desnecessárias, mas que no dia-a-dia com seu cão, com um trabalho que considero difícil sim, porém necessário, e se possível com a ajuda de um profissional que possa te auxiliar em situações que você não saiba como lidar, vão não só deixar seu cão de pequeno forte com uma aparência fofa e delicada, como o comportamento que condiz com a a mesma.
Para finalizar, minha preocupação no comportamento de cães pequenos, com relação a essa agressividade, não é tão grande quanto e quem escolhem um cão de grande porte e de guarda pra sua casa, pois esse, ao escolhê-lo, já sabe que desde o início deve ter todos os cuidados com o comportamento dele, já que esse, se não tiver o devido controle e educação, desde os primeiros dias em sua nova casa, vai se tratar de um risco real de vida para todos os moradores da casa e até mesmo os visitantes desejáveis.
Ou seja, sejam felizes com seus cães, pequenos ou grandes, desde tenha em mente que eles devem entender que vocês são seu lideres, que lhe darão todo o carinho, respeito e atenção, desde que eles sigam todas as regras da casa, garanto a vocês que eles serão muito mais felizes, e vocês também.

sábado, 22 de janeiro de 2011

A história do cão que se enrolou na guia pra poder ir passear

Contando assim, vai ser difícil acreditar, mas quem convive com um cão, vê a sabedoria e percepção deles, vai entender direitinho sobre o que vou contar.
Certa manhã, ao chegar para o treinamento da minha turma de nada mais nada menos que seis golders retriviers, todos na mesma casa, acharam muitos cães pra uma casa só? Por lá ainda vivem mais cinco Cocker, uma mestiça e uma shinauzer, todos organizados no espaço de tal maneira que os pequenos tem acesso a parte interna da casa e os grandes não.
Nesta manhã, entrei normalmente com os seis colares, a dona deles, me avisou que uma delas estava supensa da aula, devido a orientação do veterinário.
Então ao colocar as guias nos outros cinco, deixando ela de fora, para que entendam como eu ando com eles, eu uso uma formação que pode ser chamada de trenó, ou seja dois a dois, quem já viu o filme “ Resgate abaixo de zero” título original: (Eight Below) vai saber como é, quem não viu ainda, vale a pena ver, então a cadela suspensa ao perceber que foi cumprimentada e não recebeu seu colar, ficou um pouco impaciente, porém na hora em que prendi todos e deixei ela de fora, ao abrir o portão do espaço deles, para o treinamento, foi que ela se embolou junto aos outros, exatamente no lugar que era o seu, foi saindo como se nada estivesse diferente, arrancando um grande sorriso meu e espaçadas gargalhadas de sua dona, que quase que não acreditou no que estava acontecendo bem diante de seus olhos.
Como a suspensão dela não era por algo muito grave, até a cadela sabia disso, sua dona não teve outra atitude que se não falar para que eu colocasse o colar nela, liberando por sua conta e risco, ela para o treinamento juntamente com os outros, a cadela saiu abanando a calda como quem venceu, entendendo que conseguiu o que queria.
Então vai a lição de hoje, nunca pensem que seus cães não estão lhes observando e que não sabem que, dentro da linguagem é claro e sensibilidade deles, que vão sempre reagir, diante de uma atitude sua, do dono, com um comportamento correspondende, que pode ser "certo" ou "errado" pra nós, mas que pra ele sempre será a resposta ao um estímulo do dono, principalmente quando se trata de uma rotina.
Um ótimo exemplo é como os cães reconhecem o barulho do carro de seus donos, e já mudam o comportamento indicando a chegada deles, bem antes de nós humanos percebermos, em alguns casos, bem antes do dono começar a abrir o portão da garagem.