quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Os Cães que gostam de voar

Quase todos os nossos clientes reclamam dos pulos incansáveis de seus cães, que ocorrem, principalmente, quando chegam em casa, ou em momentos de euforia dos mesmos. A primeira pergunta é de como corrigir este comportamento, mas ela deveria ser do porquê ele existe. Para podermos corrigir é preciso entender o cão.

Todos sabemos que os cães são seres extremamente sociáveis que amam seus donos incondicionalmente, e que para eles nós, humanos, somos as criaturas mais incríveis na face da terra, logo, quando os deixamos a sós para que façamos nossas atividades diárias, este tempo, mesmo que curto, torna-se uma lastima, então ao nos ver novamente eles demonstram de toda forma possível como estão felizes, e, infelizmente, no menor espaço de tempo, pular é uma delas.

Além de pular ser uma demonstração de alegria e satisfação é também uma forma deles conseguirem atenção e carinho. A primeira forma de corrigir este comportamento é não oferecendo a “recompensa” ao cão, ou seja, não dando a eles carinho e nem atenção quando estão pulando e/ou agitados.

Você pode pensar que será ruim ao cão não conseguir expor a sua alegria pulando, mas lhe garanto que eles tem outras 1 milhão de formas para demonstrar os sentimos, sem que eles te sujem,  rasguem suas roupas ou te machuquem, que pode ocorrer, dependendo do tamanho do cão.

Existe também outro método de correção este por sua vez, além de não receber a recompensa pelo ato, esta passa a não fazer sentindo, que seria, toda vez que o cão aproxima você estica a perna e anda em direção ao animal, o que impede dele lhe tocar e os torna perseguidos, os cães gostam de perseguir, não o contrário. Ao dar esse passo mais longo em direção ao cão, você o manterá a distância, além do pulo em você.

Além das correções você pode criar regras com o seu cão, permitindo que ele se aproxime quando você abaixa, sendo assim, nesta posição as brincadeiras e toques físicos estão liberados.

Lembre-se todos os comportamentos são motivados por algo, muitas das vezes é para conseguir atenção. Atente-se ao fato do seu cão estar te testando e aprendendo com o que ele ganha após um comportamento. 

Os pulos podem passar informações para o cão, que poderão, a longo prazo, tem um comportamento inadequado com outros cães, entre eles brigas, que podem gerar além de lesões é inconvenientes durante os momentos de lazer com seu cães em praças e parques.

Falaremos disso no próximo texto. 

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Texto Ana Carolina Werkema Ferreira Freitas
Graduanda em Medicina Veterinária- EV/UFMG

Correção - Rodrigo Werkema 
Especialista em comportamento canino.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Continuando falando sobre reprodução canina

Texto setembro 


Tema. Acrescendo informações.

Dando continuidade ao texto do mês anterior vamos tratar de em algumas possíveis dúvidas, que possam ter ficado sem explicação, sobre a gestação da cadela e cuidados com os filhotes.

1.       Quanto tempo dura a gestação da cadela?

 

Em média é entre 57 e 68 dias a partir do dia da cobertura. Essa variação pode ocorre por fatores, tais: tamanho dos pais, quantidade de filhotes.

 

2.       Como deve ser a alimentação da cadela durante a gestação e após o parto?

 

Antes de submeter a cadela a uma gestação é essencial que a mesma não esteja acima do peso, cuidar para que ela não engorde muito durante o período gestacional.

A exigência energética das mamães durante esse período duplica, ou seja, ela passa a comer 2x mais e a alimentação equilibrada é essencial para a formação dos filhotes e para que eles sejam saudáveis, para tanto deve-se oferecer a cadela uma ração de ótima qualidade, ou seja, acima da qualificação Premium, e dividir as porções em mais horários ao longo do dia, recomenda-se 3x. 

Existe uma "Lenda" que diz para substituir a ração de adulto por uma ração de filhotes no período.

Não devemos dar ração de filhote para as cadelas, pois não supre todas as suas necessidades e além disso pré-dispõe a doenças que podem acontecer após o parto, como a hipocalcemia*.

Após o nascimento dos filhotes, durante a amamentação, devesse utilizar a mesma ração. 

 

3.       Como sei que a minha cadela entrou em trabalho de parto?

 

A mudança de comportamento da cadela é o mais evidente, ela procura algum lugar para fazer o “ninho”, recusa a comida oferecida, fica mais impaciente e inquieta. 

Além das mudanças físicas, a vulva aumenta muito de volume e tem secreção, quando fica esverdeada é o sinal que se iniciou realmente o trabalho de parto.

 

4.       Devo preparar o ambiente para a chegado dos bebês? Como deve ser este espaço?

 

Foi mencionada na resposta anterior à procura da cadela para fazer um local de “ninho” e é interessante que você construa em sua casa este espaço para receber os filhotes, você também pode adquirir em pets as chamadas caixas de parição para maternidade, mas pode improvisar em sua casa também. Na internet existe vários exemplos que podem ser feitos em casa mesmo.

Um dos mais simples,  caixa deverá ser larga o suficiente para permitir que a cadela entre e saia com facilidade, mas suas paredes devem ter uma altura que impeça a saída dos filhotes nos primeiros 20 dias de vida. A caixa deve ser colocada no interior do abrigo do canil, ou em outra área quente, tranquila e familiar à gestante, que necessita de repouso, silêncio, conforto e segurança. Um excelente material para forrar a caixa é o jornal, fácil de ser rasgado pela cadela para fazer a cama, absorvente e descartável. Cobertores, tapetes e toalhas também podem ser usados, mas devem ser lavados com frequência.
Durante os dias frios é interessante pendurar uma lâmpada de 100 W sobre a caixa, a uma altura de cerca de 1 metro, como fonte adicional de calor, uma vez que baixas temperaturas representam uma séria limitação aos filhotes recém nascidos. Esta lâmpada manterá grande parte da caixa a uma temperatura de +/- 30 °C, e os filhotes poderão escolher uma área aquecida ou mais fresca, conforme suas necessidades.

 

5.       Os cãezinhos estão nascendo devo ajudar?

 

Depende, em partos tranquilos em que não foi recomendado pelo Médico Veterinário a necessidade de intervenção físicas ou cirúrgicas não se deve mexer nos filhotes e nem na mãe até o final da parição, pode-se observar sem colocar a mão. A cadela é naturalmente programada para ter os filhotinhos sozinha da melhor forma possível.

 

6.       Quais os primeiros cuidados com os filhotes?

 

Pode ficar tranquilo, nos primeiros dias a cadela vai se encarregar de limpar, cuidar e alimentar a sua cria.

Você deve ficar atento a disponibilidade de água limpa, comida e ambiente limpo e organizado para a mãe e com a vermifugação e vacinação dos cãezinhos após os 45 dias de vida.

 

7.       Como e quando devo desmamar os filhotes?

 

Isto também ocorrerá naturalmente, mas a partir da terceira semana de vida comece a oferecer a ração de filhotes para os bebês, a mãe vai começar a ter menos leite e eles mais fome, logo vão procurar uma nova fonte de alimento.

 

8.       Quando os cãezinhos estão prontos para ir para uma nova família?

 

Quando eles tiverem completamente desmamados e depois de terem tomado a primeira dose da vacina Octupla, ou seja, após os 45 dias de vida.

Entende-se por completamente desmamado o filhote que se alimenta apenas de ração seca.


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Ana Carolina Werkema Ferreira Freitas
Graduanda em Medicina Veterinária- EV/UFMG

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Aumentando a família.

Quase todo mundo que tem um cão já pensou alguma vez em ter filhotes, seja para aumentar o número de integrantes da família ou, até mesmo, dar os cachorrinhos para algum amigo que sonha em ter um companheiro canino também.

São muitas as dúvidas das pessoas que decidem ter filhotes dos seus cães, logo decidimos responder as principais perguntas que chegam até nós:

1.       Qual é a idade ideal para cruzar meu cão?

A idade ideal varia do macho para a fêmea, de acordo com a raça e porte físico.

 No caso das cadelas a puberdade ocorre entre 6-12 meses de idade e em raças gigantes até 24 meses, por existir esta grande variação entre raças e a fêmea não estar completamente desenvolvida e apta no primeiro cio, o recomendado é que se inicia a reprodução apenas no segundo cio, ou alguns caso especiais, a partir do terceiro.

O macho está apto para procriar quando atinge a maturidade sexual, o que irá depender também do seu porte e raça, variando entre 9 à 12 meses de idade, mas vale ressaltar que próximo as 5 meses de idade já ocorre produção de espermatozoides, logo ele já é capaz de produzir filhotes, no entanto não com a mesma eficácia de um cão maduro.

2.       Quando devo aproximar o casal de cães e como deve ser feito?

O cio da cadela pode ser dividido em duas fases, a primeira onde há sangramento vulvar e a segunda quando não há mais o sangramento.

Na primeira fase, também conhecida como proestro, a cadela não aceita o macho e não ocorreu ovulação ainda, isso muda apenas na segunda fase, ou seja, no estro, quando a cadela diminui o sangramento, ovula e aceita o macho. Em média o período entre o início do proestro e a ovulação é em torno de 10 dias. 

A cadela deve ser levada a casa do macho após 9-10 dias do início do cio, quando diminui o sangramento vulvar, eles devem permanecer juntos por 2 dias.

Lembre-se, é importante supervisionar todo o processor de adaptação dos cães, atentar a brigas e desentendimentos.

Se possível, antes de levar a cadela, marque um encontro em um parque ou praça, para que os cães se conheçam e haja menos problemas de convívio em casa.

3.       Como faço para saber se a cadela e está gestante e quando tempo dura a gestação?

É importante que se observe o momento da copula e esta seja completa, o cão após ejacular aumenta muito o tamanho do bulbo uretral, o que dificulta a saída do pênis da vulva da fêmea. Eles podem ficar unidos durante um bom tempo, até que o bulbo uretral retorne ao tamanho original.

Mesmo que ocorra a copula, não é garantia que ocorreu fecundação, o ideal é que faça um ultrassom para confirmar a gravidez, ou aguarde alguns dias até que se possa observar alterações no corpo da cadela, como ganho de peso e desenvolvimento mamário.

A duração da gestação é em média de 57 a 68 dias.

Lembre-se, os cães possuem uma idade limite para se reproduzirem, o que também irá variar com o porte e raça, se você não quer mais filhotinhos ou seu cão já está idoso, faça a castração, este procedimento previne o aparecimento de várias doenças como, piometra e tumores de próstata.


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Ana Carolina Werkema Ferreira Freitas
Graduanda em Medicina Veterinária- EV/UFMG

Correção:
Rodrigo Werkema 
Especialista em comportamento Canino

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A tosse Canina

Seu cão para estar engasgado com algo? reproduz uma espécie de tosse? A traqueobronquite infecciosa canina, também conhecida como Tosse dos cães e/ou Tosse dos Canis, é uma doença contagiosa, acomete o trato respiratório, levando a sintomas de inicio subito, como tosse frequente,secreção nasal e olhos, além de apatia e queda de apetite, consequente perda de peso.

Os agentes mais comuns são Bordetella bronchiseptica e o vírus da Parainfluenza Canina, os sintomas podem várias de acordo com o agente causador, indo de sinais brandos até casos mais graves com quadros secundários de pneumonia.

Os cães que vivem ou frequentam ambientes coletivos como, canis, hoteis e petshops são mais propensos a adquirirem a doença, mas ela tambem pode ocorrer em animais que vivem isolados. É uma enfermidade sazonal, ou seja, mais comomente diagnosticada em meses frios do ano.

Ao identificar ou suspeitar destes sintomas, deve-se levar o animal ao Medico Veterinário, para que ele indique o melhor tratamento.

Existe hoje no mercado vacinas contra a doença, mas não evita completamente a infecção. As vacinas são administradas em filhotes em três doses com um intervalo de 2-4 semanas e em adultos são recomendáveis doses anuais de reforço.

Para previnir a doença além da vacinação, deve-se projetar ambientes de canis e hoteis, de forma que estes sejam arejados, com boa exposição a radiação solar e limpos e higienizados diariamentes.

A doença é comum e na maioria das vezes apresenta sintomatologias leves e de tratamento fácil. 

Quando seu animal apresentar os sintomas, apenas o leve ao veterinário e realize o tratamento corretamente, que o seu cão estará saudavel novamente dentro de alguns dias.

Lembre-se, mantenha o cartão de vacina do seu cão em dia e sempre que achar que ele possa estar doente, leve ao Medico Veterinário

Texto
Ana Carolina Werkema Ferreira Freitas
Graduanda em Medicina Veterinária- EV/UFMG
Correção 
Rodrigo Werkema 
Especialista em Comportamento Canino.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Cães especiais para crianças especiais.

Existem várias fotos e vídeos que circulam na internet mostrando as crianças e seus cães, não há quem não fique impressionado com o carinho e amor que eles tem um pelo outro.  Um especifico, nos chamou a atenção, trata-se de vídeo em que um Labrador interage com uma criança Síndrome de Down, é magnifico ver como o cão é paciente e amistoso com o novo amigo. Motivados por ele e devido a demanda de nossos clientes, resolvemos escrever um pouco sobre a criança síndrome de Down e o cão.

É de conhecimento de todos que crianças que crescem com cães em sua casa possuem vantagens em seu aprendizado, saúde e desenvolvimento em relação as que não convivem com estes animais. Já para a criança portadora da Síndrome de Down é ainda mais impactante os benefícios, a ajuda no desenvolvimento da capacidade social, prevenindo alergias e algumas doenças respiratórias, estimula a fala e coordenação motora, além da relação de afeto e carinho, de ambos já que o cão será para a criança um verdadeiro amigo e companheiro.

 Lembre-se, nem toda criança com Síndrome de Down gosta e tem afinidade com os cães, algumas podem ter medo e até pavor, logo antes de decidir se preparar para adquirir um novo membro para a família, tenha certeza que seu filho aceita e goste de cães.

Vale ressaltar que para que o cachorro conviva com a criança da forma mais saudável possível é preciso de preparação e cuidados, antes mesmo do cão chegar na sua casa, deve-se procurar um profissional, que te ajude na escolha da melhor raça, além disso que lhe acompanhe ao canil no dia da escolha do filhote, pois, mesmo cães de uma mesma raça, possuem grandes diferenças de comportamento e temperamento.

Após a chegada do cão na sua casa, a aproximação dele com a criança deve ser supervisionada. Esta fase, recomendamos que seja assistida por um adestrador, que auxilie na educação do cão, crie regras e a ensine ao cão. 

As crianças gostam de apertar e muitas vezes dar tapas no cachorros, logo ele deve saber entender e aceitar este tipo de comportamento, sem que reaja de forma agressiva. 

Leve o seu cão ao Médico Veterinário, mantenha as vacinas e medicamentos sempre em dia, de banhos e cuide dos pelos regularmente, sempre mantendo as unhas aparadas.

Com a devida preparação  e planejando, a vida do novo membro da sua família, temos certeza de uma relação de muito amor e carinho durante muito tempo em sua casa.


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Ana Carolina Werkema Ferreira Freitas
Graduanda em Medicina Veterinária- EV/UFMG

Rodrigo Werkema Dias

Especialista em comportamento camino 

Sócio fundador da empresa

Viva  Pet's

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Meu cão rói tudo...

Não são poucos os clientes que nos procuram com a queixa “Meu cão destruiu a minha casa, roeu os pés da cadeira, comeu os panos de prato, róe os chinelos e meu tênis de corrida” e depois vem sempre as perguntas “Dizem que vai melhorar quando ele ficar mais velho, é verdade?”, “Como posso corrigir esse comportamento?”, “Funciona colocar pimenta?”, estes são alguns exemplos, pensando na recorrência deste problema e em sanar algumas dúvidas resolvemos escrever um pouco a respeito.

É inerente ao cão o comportamento de roer, é uma das formas que eles possuem de gastar energia, e ai vem um dos grandes vilões do comportamento destrutivo, o excesso de energia. Cresce o número de cães que vivem em apartamento, conjuntamente, a vida cada dia mais atarefada e sem tempo livre dos donos, dificulta a rotinas de passeio e brincadeiras com os cães, consequentemente, um cão que vive em um espaço pequeno, que não tem rotina de passeios diários, não tem atividades recreativas e nem brincadeiras, acaba direcionando a sua energia para destruir o máximo de coisas que conseguir dentro de casa. 

Percebemos também outro agravante do comportamento mencionado, a falta de atenção, sim, o seu cão destrói o que você ama para que você xingue ele, com isso, naquela hora que deseja, está recebendo a sua atenção.

Vale ressaltar que em filhotes, temos ainda a questão do desenvolvimento dentário, que pode ser uma das razões que justifique o comportamento destrutivo. Com o surgimento da primeira dentição e da segunda , a definitiva, roer coisas alivia a coceira e os incômodos  que esse processo gera. 

A nível de correção deste comportamento, devemos primeiramente, avaliar qual é o motivo pelo o que ele existe, o cão podestar extremamente estressado? Com muita energia acumulada? Recebendo pouca atenção?Entediado?

Primeiramente, estabeleça um rotina de passeio com o seu cão, se você não tem tempo ou condições físicas lhe impeça, existe hoje no mercado o serviço de “DogWalker”, este profissional oferece passeios diários com duração média de 1 hora, o ideal é que seu cão saia todos os dias no mínimo uma vez ao dia.

De atenção e brinque com o seu cão sempre que possível, reserve um horário do dia para ele, compre bolinhas, ossos naturais, brinquedos interativos, cordas, são vários os benefícios de cada artigo, vale ressaltar a importância de oferecer sempre o osso natural defumado, ele é muito bem aceito pelos cães e tem como objetivo, saciar essa necessidade inerente ao cão de roer, além de beneficiar a saúde dentária.

Para corrigir este comportamento, gerado com o único intuito de chamar atenção dos donos, recomendamos o treinamento por omissão, ao observar a conduta inapropriada, ignoramos totalmente o ato. Objetivando a associação que, destruir não terá como recompensa a atenção desejada.

Existe técnicas utilizando de materiais repelentes no local foco da destruição, mas para tais técnicas e adequação de cada caso, sugerimos o acompanhamento de um especialista em comportamento canino.

Lembre-se, todo comportamento é resultado de outro, que levará a outros, ou seja, se o seu cão age de certa forma, foi porque ele aprendeu que recebe ou alcançar coisas boas ao atuar assim. Busque sempre o estabelecimento de rotina, seja de alimentação, passeio e brincadeira, seu cão precisa disso.

Um lar equilibrado gera cães equilibrados.


Texto: Ana Carolina Ferreira.

Correção: Rodrigo Werkema.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Olhe para seu cão, e entenda-o.

A comunicação é a base de todas as relações sociais, entre os humanos e também entre os humanos e outros espécies as quais desenvolvemos relações.
Como humanos, nossa base para comunicarmos é a fala, nos atemos tanto a ela que, muitas das vezes, esquecemos que os gestos e linguagem corporal dizem muito, até mais que palavras em determinadas situações. 
Acredito que nossa dependência as palavras dificultam o entendimento de nossos amigos caninos, estes, apesar de também se comunicarem por vocalizações, tem como base da interação a linguagem corporal.
É importante que ao tentamos compreender a linguagem corporal do cão, que os visualizamos como um todo, ou seja, cada parte do seu corpo fala, seus olhos, orelhas, boca e rabo são os que mais expressão os seus pensamentos.
Para compreender seu cão deve-se seguir uma ordem de avaliação:

1. Avaliação da postura geral: Qual é a posição do cão? Está agitado, a fazer movimentos soltos? Ou está parado, numa postura rígida, com a boca bem fechada?
- Estas perguntas são importantes pois, um cão com corpo solto, relaxado e descontraído está confortável. Por outro lado, qualquer movimento rígido, "petrificado" indica que o cão está ansioso, desconfortável ou em guarda. 

2. Avaliação dos detalhes, observação de partes especificas, orelhas, olhos, boca e rabo:

2.1 Orelhas: são fáceis de ler em alguns cães, difíceis em outros; mas mesmo nas raças que tem orelhas bastante rígidas, os músculos da base da orelha podem mostrar o que o cão tenta dizer.

2.2 Olhos: Acompanhados das sobrancelhas e músculos faciais, os olhos são capazes de dizer muito sobre os sentimentos. No mundo humano, o contato visual é um sinal de atenção, respeito amor; é algo positivo. No mundo canino, não é bem assim. Normalmente os cães olham uns para os outros, mas rapidamente desviam o olhar como forma de eliminar qualquer sinal de ameaça. Cães que já se conhecem bem não têm qualquer problema em estabelecer contato visual. Contato direto e durante muito tempo pode ser traduzido como uma ameaça ou um desafio. Quando vir um cão pela primeira vez evite olhar-lhe fixamente nos olhos. 

2.3 Boca: É um dos elementos mais complexos da comunicação, é onde estão os temíveis dentes, que alguma das vezes quando são expostos pelo cão, não significa necessariamente agressividade, alguns donos até relatam que seu cão aprendeu a sorrir.
 
2.4 Cauda: Uma cauda abanando nem sempre é sinal de alegria e contentamento, os tipos de abanos e detalhes de posicionamento do rabo podem expressar o sentimento do cão.

Lembre-se, a base para a interpretação do seu cão é a observação, todas as partes corporais dizem algo e estas devem ser avaliadas em conjunto, para que se possa concluir o que realmente seu amigo tem a lhe dizer.
Para saber mais, assista o vídeo que mostra e explica algumas expressões dos cães:

https://www.youtube.com/watch?v=00_9JPltXHI

Fonte:
Bradshaw, John,1933- Cão senso: como a ciência do comportamento canino pode fazer de você um verdadeiro amigo do seu cachorro- Rio de Janeiro: Record,2012.
 
Redação. Ana Carolina Ferreira.
Correção. Rodrigo Werkema.