O sonho de ter o cão, é um sonho legal. Quando a oportunidade aparece, o cão certo, na hora certa...pronto, lá vai o sonho virando realidade. Ele(a) chega na sua casa como um boneco de pelúcia. Para convencer sua mãe, pai, filhos, marido, esposa, e você mesmo, dependendo do seu espaço e rotina de vida, se propõe a mudar determinados hábitos de vida para até ele(a) tenha toda a atenção até precisa.
Escolhe o lugar para ele passar a maior parte dessa primeira infância. Visitas ao veterinário, vacinas , banhos e leituras na internet, papo com " entendidos do assunto " para que ele seja um cão bonzinho.
A " coisa " começar a ficar feia. Ele além de destruir algumas coisas suas e da sua casa, está latindo de mais, e você vê tempo do passeio curto para gastar toda a energia, seu chefe te pede para chegar mais cedo , ou sair mais tarde. O tempo como havia, para dar atenção , diminui a casa dia.
O tempo vai passando, ele(a) não é filhote mais, seus latidos são altos, a ponto de, na reunião de condômino, você é advertido pois, ele(a) late e uiva quase o dia todo, pois fica praticamente todo o dia sozinho. Você contrata um passeador de cães. Pois te "falaram" que ajudaria, e você percebendo que piorou, os dias em que ele não vem, ele(a) fica mais agitado.
Os móveis e e quinas de armários já não existem mais, chinelos, sapatos, roupas sujas, coisa em cima da mesa, todos esses itens, ele já conseguiu pegar e destruir, sem ele você se quer, consiga pega-lo fazendo. Mas nos programas de TV, o especialista, te dicas, quase todas, ou todas, em vão.
Alguém te sugere a castração, você topa. Passados 4 meses após a cirurgia, nada, ele(a) está do mesmo jeito.
Sua família te pressiona, você já não sabe mais o que fazer, decide, uma consultora com um psicólogo canino. Te dá 10000 de orientações e novas rotinas, mas você mal tem tempo de cuidar de você, das suas rotinas. Passado mais um tempo, o tal psicólogo não te atende mais e quanto o faz, arruma 100000 desculpas para não ir a sua casa, além de te fazermos 10000 de sugestões.
Enfim você descida doar ele(a), pois já não agüenta a pressão da família, as coisas destruídas, os latidos, as despesas com creche, remédios para acalma-lo e se sente culpado por tudo.
Fica a pergunta, quem venceu, você ou ele(a)? Quem perdeu? Pense nisso. Rodrigo Werkema.