sábado, 22 de janeiro de 2011

A história do cão que se enrolou na guia pra poder ir passear

Contando assim, vai ser difícil acreditar, mas quem convive com um cão, vê a sabedoria e percepção deles, vai entender direitinho sobre o que vou contar.
Certa manhã, ao chegar para o treinamento da minha turma de nada mais nada menos que seis golders retriviers, todos na mesma casa, acharam muitos cães pra uma casa só? Por lá ainda vivem mais cinco Cocker, uma mestiça e uma shinauzer, todos organizados no espaço de tal maneira que os pequenos tem acesso a parte interna da casa e os grandes não.
Nesta manhã, entrei normalmente com os seis colares, a dona deles, me avisou que uma delas estava supensa da aula, devido a orientação do veterinário.
Então ao colocar as guias nos outros cinco, deixando ela de fora, para que entendam como eu ando com eles, eu uso uma formação que pode ser chamada de trenó, ou seja dois a dois, quem já viu o filme “ Resgate abaixo de zero” título original: (Eight Below) vai saber como é, quem não viu ainda, vale a pena ver, então a cadela suspensa ao perceber que foi cumprimentada e não recebeu seu colar, ficou um pouco impaciente, porém na hora em que prendi todos e deixei ela de fora, ao abrir o portão do espaço deles, para o treinamento, foi que ela se embolou junto aos outros, exatamente no lugar que era o seu, foi saindo como se nada estivesse diferente, arrancando um grande sorriso meu e espaçadas gargalhadas de sua dona, que quase que não acreditou no que estava acontecendo bem diante de seus olhos.
Como a suspensão dela não era por algo muito grave, até a cadela sabia disso, sua dona não teve outra atitude que se não falar para que eu colocasse o colar nela, liberando por sua conta e risco, ela para o treinamento juntamente com os outros, a cadela saiu abanando a calda como quem venceu, entendendo que conseguiu o que queria.
Então vai a lição de hoje, nunca pensem que seus cães não estão lhes observando e que não sabem que, dentro da linguagem é claro e sensibilidade deles, que vão sempre reagir, diante de uma atitude sua, do dono, com um comportamento correspondende, que pode ser "certo" ou "errado" pra nós, mas que pra ele sempre será a resposta ao um estímulo do dono, principalmente quando se trata de uma rotina.
Um ótimo exemplo é como os cães reconhecem o barulho do carro de seus donos, e já mudam o comportamento indicando a chegada deles, bem antes de nós humanos percebermos, em alguns casos, bem antes do dono começar a abrir o portão da garagem.

Um comentário:

  1. Excelente...
    Adorei este artigo! Continua a divulgar o teu trabalho e as tuas experiências com o melhor amigo do homem...

    Grande abraço!

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