sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sociabilização canina

Você já ouviu falar dessa palavra " sociabilização"? Existe também uma palavra parecida " socialização" , essa significa desenvolver o sentimento coletivo da solidariedade social e do espírito de cooperação de indivíduos associados, ou seja um processo mais intenso de indivíduos em grupo.
A primeira provém do verbo sociabilizar, que significa tornar sociável, que serve como termo para a educação dos cães, com nossa participação.
Sociabilização é o processo de tornar um indivíduo próprio para viver em sociedade. Segundo dicionario da lingua portuguesa, 8 edição, Porto Editora.
Então trabalharemos com a primeira, pois o segundo, quem tem mais de um cão, sabe que eles estão bem organizados, aprontando todas em sua casa, ou jardim, em uma parceria genial.
Dividirei as dicas em três temas, a sociabilização com outros cães, prinicipalmente na rua, como parques e praças, sociabilização com crianças, adultos e idosos, e por fim, a sociabilização com barulhos, veículos, grandes e pequenos. Nenhuma dos processos é complicado, basta ter persistência e firmeza.
Dica: Desde o dia em que seu filhote e adotado chegou na sua casa, procure informações para que ele se torne um cão tranquilo, saudável e consciente dos seus limites.
O processo de sociabilização será mais harmonioso.
E quando você passeia com seu cão tranquilamente, de repente, dobra uma esquina, tem alguém, tentando fazer o mesmo, mas quando o cão dela, não importa tamanho, raça, tipo de guia, ao ver o seu, inicia-se uma sequência de latidos, rosnados, puxões no seu dono, dando uma tração contrária a que o seu dono gostaria, parecido com um animal selvagem a procura da sua caça, a qual seu cão é a caça, o dela o predador.
Quem tem cão em casa treinado, vai me entender e concordar em partes, quem não, nem percebe diferença. Esse é um exemplo de um cão que não participou de um ideal processo de sociabilização.
Tanto o cão que quer brincar o tempo inteiro com outro, quanto este outro que quer caçar, não estão bem sociabilizados, claro que o o primeiro, não te proporcionará, maiores problemas, mas o segundo, qualquer descuido, vai.
Dica: Após o período de vacinação, o cão deve começar a ter contato com outros cães, de preferência do seu mesmo peso e tamanho, não necessariamente da mesma idade e raça.
Quando for a praças que tenham outros cães, ande com ele com a guia, deixe ele ver os cães e não permita que ele mude a direção, te puxe até os outros cães ou pare para ficar olhando eles.
Aproxime em um primeiro momento, com seu cão preso a guia desses outros.
Seu cão terá um desses comportamentos, ou ficará assustado, e vai querer ir para o lado oposto aos outros cães, ou ficará super feliz, querendo chegar na turma, o quanto antes.
Após ele ficar tranquilo, aproxime dos outros, sempre com a guia. Nos primeiros contatos, sempre com ela. Para que ele comece a ficar solto, ele precisa aprender a ordem chamada "Aqui" ou seja, quando você o chama, ele vêm imediatamente, evitando incidentes. Amanhã falo sobre a sociabilização com crianças, jovens adultos e idosos.
Para falar desse tema, vou começar com uma história de quem voz fala... Quem já sentiu a dor da mordida de um cão, quando foi carinhosamente fazer um carinho, vai me entender... Eu sempre gostei de cães, quando era mais novo, uns 11 anos, convenci meus pais que já podia ir na padaria, a 3 quarteirões da minha casa, sozinho.
No meio do caminho, tinha um cão grande, bonito, tinha muita vontade de passar a mão nele. Descobri que se tratava de um pastor alemão que tomava conta de uma propriedade perto da minha casa, quando coloquei o dedo pelo vão da grade para fazer carinho nele e pronto, a mordida.
Escondi dos meus pais porque eles já haviam me falado, "não vá colocando a mão em qualquer cachorro que você não conheça, você vai ser mordido".
Essa foi a forma que aprendi, que deveria ter cuidado ao fazer carinho e pegar em cães que eu não conhecia, infelizmente do pior jeito.
Mas acredito que existe outras formas de aprender a se aproximar de um cão, sem incidentes.
Mas para isso o cão também tem que aprender a lidar com a aproximação e contato de terceiros, processo chamado socialização com terceiros.
Penso que as crianças com os cães, são a união mais bem adaptadas que conheço, como se entendem bem, uma sintonia de energia muito bacana.
Crianças que convivem com cães, costumam não ter medo e se aproximam de cães de terceiros, do mesmo jeito que se aproximam dos seus, isso pode ser perigoso. Crianças que não convivem com cães, costumam ter receio de aproximar de cães na rua.
Não vai adiantar você, pai, mãe ou tia tio, tentar que esta criança, se aproxime de qualquer cão, forçando o contato. Já presencie várias vezes, a criança vê o cão de longe, vem saltitante, quando o cão é maior que ela, a mais ou menos 1 metro de distância, a criança não chega mais perto para o contato direito de maneira nenhuma, o adulto insistindo, quase que obrigando a criança, isso não se faz.
Não importa muito a atitude da criança, seu cão deve aprender que, não pode exagerar na atenção a essa criança, e nem ter uma reação agressividade, a aproximação do mesmo.
Seu cão tem condições de conviver com crianças, adultos e idosos, sem incidentes.
Orientado por você, tem condições plenas de entender isso, principalmente as crianças, pois elas tem mais chances de aproximar de seu cão, mais rápido e com menor percepção sua, com maior risco de acidente, do que um adulto ou idoso.
Dica: Para que esse acidente não ocorra, aquelas regras, que já repeti várias vezes, estão todas abaixo, devem estar sendo praticadas regularmente.
Quando for sair com seu cão, nos primeiros passeios, leve petiscos com você, quando uma criança aproximar, entregue o petisco a ela e dê a ordem para seu cão sentar e aguardar. Você já deve ter praticado a ordem do senta com ele. Oriente a criança, se possível, que se aproxime com a mão fechada, de baixo para cima em direção ao focinho do seu cão, sem toca-lo, deixando o cão cheirar, ele terá a postura, que você, dono verá, de receptividade, ou lamberá a mão, ou balançará a calda, então autorize a criança a dar o petisco para seu cão.
Se você for para ambientes que convivem também com outros adultos e idosos, repita o procedimento. Só permita que ele receba carinhos de terceiros, após estiver na ordem sentado.
Enfim o último tema sobre esse assunto .Todo mundo se assusta com um barulho inesperado, próximo, de um volume maior o qual está acostumado.
A audição do cão gira em torno de algo seis vezes maior que a nossa, alguns dizem até dez vezes. Por isso, qualquer barulho é muito mais intenso para eles, do que para nós.
A falta de recursos para interpretar de onde, como e quando acaba esse barulho, é menor que a nossa, adultos, em um primeiro momento da vida dele.
O cão passa por uma fase, que está entre o trigésimo dia, até o septuagésimo dia de vida, que qualquer trauma que lhe ocorrer, tais: transporte em meio inadequado. estrondo muito próximo e intenso, queda ou ataque de outro cão, pode levá-lo, a ter por toda a sua vida, se não passar pelo devido processo de treinamento e sociabilização, traumas, tais: ser transportado em veículo, barulhos, tipo, raios, não se movimentar bem em escadas ou rampas, não se aproximar de outro cão com confiança. Somente um deles não pode ser evitados por nós, por mais cuidado e atenção que tenhamos nesse período, são os barulhos.
Eles são um estimulo difícil de proteger seu cão. Pois eles podem ocorrer a qualquer hora, momento e em intensidade variadas.
Nosso papel é criar um mecanismo que vá antecipar essas situações, em intensidade e grau, menor possível, pois, quando ocorrem em intensidade sem nosso controle, o seu cão não o desconheça completamente.
Qual o pior som para o seu cão? Você deve estar se perguntando. O raios e fogos de artifício, ou carros e caminhões muito barulhentos, tudo que nós assusta, assusta a eles também, em maior grau.
Dica. Devemos usar os recursos tecnológicos em função do bem estar dos cães também, treinando à sociabilização dos sons, nesse caso.
Pesquise sons de alguma queima de fogos, grave e coloque em um som, próximo a seu cão, no menor volume possível, durante 10 ou 15 min por dia, três a quatro vezes na semana. Deixe ele observar e não estimule de maneira nenhuma, ex. Pegando no colo ou dando petiscos.
Na medida que for se adaptando, vá aumentando, gradativamente, até que ele tenha uma atitude indiferente, ao maior volume possível, suportado por você também.
Esse processo não tem um tempo especifico, vai da adaptação de cão para cão. Rodrigo Werkema.

Um comentário:

  1. Olá! Sua postagem foi muito boa mas, na verdade, cheguei até ela fazendo uma pesquisa para me ajudar com um caso diferente: a pastora belga malinois (de 2 anos e castrada) que ganhei, veio morar na minha casa, onde tenho um Akita (totalmente manso, até com estranhos) e um Pastor Alemão (de um ano e meio) - o oposto: totalmente agressivo com pessoas e outros animais, menos o gato que tenho.
    A nova integrante da família NÃO ME CONHECE e não confia em mim, portanto, não vem quando a chamo. Foi atacada duas vezes pelo Pastor (sem gravidade!) e, já faz 3 dias que está escondida debaixo da casa, sem comer nada! Se confiasse em mim, seria menos difícil sociabilizar... O que devo fazer??

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